“Pela confraria, pelo que é nosso, vivam os sabores tradicionais de Lamego!” É o slogan da nova confraria, que vai lutar pela preservação de pratos típicos regionais. O presidente da Assembleia da República também se associou.
Jaime Gama é apenas um dos cerca de 80 membros da Confraria Gastronómica de Lamego, criada no início deste ano e que teve o seu primeiro Capítulo no passado sábado. Uma cerimónia de entronização e de entrega das insígnias aos novos confrades, residentes no concelho mas também noutros vizinhos. Destaque também para o actor Ricardo Pereira, que tem ligações familiares ao município da Senhora dos Remédios.
Os confrades saíram da Igreja de São Francisco, onde decorreram as cerimónias, com a barriga a dar horas de almoço e o céu a ameaçar molhar o desfile por algumas ruas, se não se dessem pressa. O estandarte à frente, seguido de um exército vestido em tons de vermelho e bordeaux, assim se mostrou na rua a Confraria Gastronómica de Lamego. Depois seguiram em dois autocarros para a Escola de Hotelaria e Turismo, onde foram presenteados com algumas iguarias regionais.
A essa hora já o céu aspergia chuva sobre a cidade. Em boa hora Jaime Gama levava colocada a capa e o chapéu. “A farda é muito adequada para este dia em que regressou o Inverno, pois não só serve para nos proteger da chuva como também do frio”, brincou.
O presidente da Assembleia da República é um confesso apaixonado pelo Douro e, como tal, fez ponto de honra pertencer àquela confraria. “É muito especial porque é de um concelho que tem uma grande tradição culinária”, confessou Jaime Gama, desejando que aquela associação cultural “ajude a divulgar as boas comidas de Lamego e contribua para trazer muitos curiosos”.
Assim o espera o Grão-Mestre da Confraria Gastronómica de Lamego, Nélson Santos, que, juntamente com os restantes dirigentes, vai apostar em “fazer um levantamento gastronómico do concelho e tentar salvar alguns pratos da extinção”. Elege como exemplo o cabritinho de Lamego. “Apesar de se continuar a comer muito, o cabrito não é de cá”. A justificação assenta na “falta de pastores e de rebanhos de cabras”. Nélson Santos adianta que o objectivo é, juntamente com outras entidades, “fazer alguma coisa que contribua para incentivar o pastoreio caprino na zona serrana do concelho”. No entanto, sabe que “não vai ser fácil”.
By confraria
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